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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Planejar ou pensar estrategicamente a carreira?


Um dos aspectos interessantes de estar antenado no que está emergindo (e submergindo...) no Brasil e no mundo, especialmente no que respeita ao seu domínio de conhecimento acadêmico e às respectivas práticas profissionais, é a capacidade de corrigir sua rota sempre que necessário. Bem entendido, não precisa ficar angustiado com isso, mas é bom estar informado sobre tendências e cenários possíveis em sua profissão. Corrigir a rota significa mudar; e para mudar precisa saber para onde vai e por onde está indo.

Mário Persona é bastante conhecido no Brasil como palestrante, além de professor e consultor de comunicação estratégica e de marketing. Neste vídeo que estamos sugerindo hoje, Persona compara a carreira individual à vida de uma empresa, e o faz de uma forma muito feliz, na medida em que identifica duas formas distintas mas complementares de estratégia: o pensamento estratégico e o planejamento estratégico.

Na realidade, não adianta muito alguém planejar sua carreira de uma forma rígida, inflexível, e seguir em frente contra todas as dificuldades, sem sequer olhar para o lado para saber o que está acontecendo em volta. A não ser que tenha sólidas garantias de emprego, por exemplo, na empresa da família, no centro médico da mãe ou do pai, ou no escritório de advocacia de alguém muito próximo. A não ser nesses casos, as dificuldades na profissão e na busca de emprego são originadas frequentemente por ignorar o ambiente externo, o dinamismo dos cenários, o que está acontecendo no entorno. Assim se passa tanto com as pessoas como nas empresas, conforme o Prof. Mário Persona vai fazendo questão de frisar ao longo do vídeo.

Com efeito, na sociedade de hoje, complexa, ágil e transformando-se a toda a hora, as áreas profissionais também mudam, se transformam, evoluem. O ambiente externo, também. Então, o planejamento é sempre falível em seus resultados esperados se não for flexível; e, portanto, se não for orientado por um pensamento estratégico, ágil, plástico, que busca permanentemente oportunidades, identifica ameaças, e permite avaliar os aspectos positivos e negativos da pessoa - elementos fundamentais para se manter competitivo no mercado de trabalho. E, quando necessário, corrigir a rota. Com uma empresa ou organização que depende do mercado para sobreviver, passa-se exatamente o mesmo: daí deriva a necessidade de inovação.

E você, também está inovando permanentemente em sua carreira? Mário Persona explica direitinho tudo isso e de um jeito bem agradável. Fiquem com ele agora.
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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Você pode participar no mapeamento do futuro...

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Inovação Institucional (ProD&I) vem realizando um amplo estudo sobre conceitos e práticas inovadoras no ensino superior. E você pode participar!

Na medida em que a universidade faz parte do processo que conduz seus alunos ao mercado de trabalho e à vida profissional, ela só faz sentido como espaço de pesquisa, de ensino e de aprendizagem em contato com a comunidade.

Na realidade, a universidade faz parte de várias comunidades - como a científica, por exemplo - mas ela só se realiza plenamente através das pessoas que circulam por ela e que aqui deixam seu contributo, sua experiência, e o resultado de sua caminhada pelo universo do Conhecimento: alunos, docentes e pesquisadores, ex-alunos, alunos recorrentes e permanentes...

Nada mais natural, portanto, que as comunidades - interna e externa - sejam convidadas a contribuir para a qualidade e o sucesso da universidade enquanto provedora de conhecimento; e que, em retorno, elas recebam informação enriquecida e atualizada sobre tendências e futuros possíveis do ensino superior, do conhecimento, do trabalho e das profissões.

A primeira parte desse estudo, focada nas novas carreiras e profissões emergentes no Brasil e no mundo, está sendo finalizada agora, e já retornou algumas informações importantes, que a universidade passará a sugerir a seus alunos e à comunidade por diversos canais, incluindo este mesmo blog.

Então, se você é aluno, ex-aluno, docente, gestor da Unisul ou se pertence a outro meio universitário ou profissional e aprecia a temática que estamos tratando; se observou ou tomou contato, no Brasil ou no exterior, com conceitos e práticas inovadoras, pedagógicas ou tecnológicas aplicadas ao ensino-aprendizagem; se tem conhecimento de novos campos disciplinares ou interdisciplinares da ciência; se tomou conhecimento de novas profissões ou carreiras emergentes, colabore! Não hesite em interagir aqui com comentários sobre esse tipo de informação, com links da web, etc. ou enviando uma mensagem de e-mail para
observatorio.unisulhoje@gmail.com.

Para finalizar, uma questão que poderá surgir no leitor: - Mas a Unisul não tem meios, por si mesma, de obter essas informações? A resposta é sim e não.


- Sim, porque entre um número importante de professores e gestores acadêmicos, além de outras fontes privilegiadas, surge naturalmente muita informação sobre o assunto.

- Não, porque a produção científica e o avanço científico e tecnológico são tão intensos nos dias de hoje, o número de novas práticas e experiências é tão grande, no Brasil como no resto do mundo, que mesmo para um especialista de uma dada área, mesmo bem antenado, é impossível conhecer e acompanhar todas as novidades, tendências e fatos que aparecem dia a dia.

Então, fique junto, colabore, interaja com a universidade através do Observatório, colabore, fique ligado no futuro do conhecimento, do trabalho e das profissões, e faça parte de nosso painel permanente!

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um mundo interdisciplinar

Não se conhece época em que o conhecimento teve tanto valor e, em simultâneo, em que as trocas ou diálogos entre especialidades – ou “disciplinas” – foram tão intensas, como nos dias de hoje. Sim, estamos num mundo de diálogos – o sucesso das redes sociais aí está como evidência – e, no que diz respeito ao conhecimento, diálogos criam colaborações, sinergias, abrem fronteiras fechadas há muito no campo das ideias e, frequentemente, geram práticas inéditas, úteis às sociedades humanas, alavancando a economia, gerando emprego e permitindo realização pessoal aos que ousam inovar com determinação e inteligência.

Se nos anos 80 se falava “Informação é poder”, não será exagero afirmar que, na contemporaneidade, conhecimento é poder. Pelo menos, é um dos caminhos para o poder. Melhor assim, porque não existe nada pior do que o poder ignorante, seja em que nível for. Porém, uma grande parte das pessoas que se interessam por leitura, estudo, pesquisa, mesmo como autodidatas, está interessada no conhecimento apenas pelo conhecimento, pela curiosidade intelectual, o que sempre foi uma nobre aspiração da Humanidade. Uma outra parte estuda para melhorar sua condição material e acelerar sua mobilidade social, na medida em que o conhecimento é, em grande medida, titulado academicamente. O crescimento intenso da população universitária e dos cursos técnicos e tecnológicos advém da demanda do mercado de trabalho. No mundo atual, empresas e outras organizações não conseguem atingir seus objetivos senão com pessoas que dominam uma área específica de conhecimento e prática.

E a propósito de diálogos, a ESPM – prestigiada escola de Publicidade, Marketing e Administração com sede em São Paulo – apostou recentemente na miscigenação do DNA da Antropologia com o DNA da publicidade e da criatividade: segundo a prestigiada instituição, o curso “Como derrubar certezas e inquietar pensamentos - Uma discussão sobre Antropologia, consumo e inovação” é voltado a publicitários, planejadores e inovadores, propõe quebrar preconceitos, rever antigas posturas e entender que o centro do mundo pode assumir diversas posições, dependendo de quem o observa. É uma proposta ousada e bem no jeito de pessoas ou profissionais a quem interesse reforçar e ilustrar uma postura inovadora e criativa, mas com o pé no chão, alicerçado no acervo da Antropologia Cultural. Dentro da ESPM, esse curso foi concebido pelo CIC – Centro de Inovação e Criatividade, que possui duas grandes áreas de atuação: Criatividade e Inovação.

Um curso de Antropologia para publicitários, marketeiros e criativos? Muita gente dirá que é uma área fora de moda, ou que é um curso sem público interessado, um curso que não tem mercado. Não é bem assim – na verdade, tanto a Antropologia como a Sociologia são áreas-chave do grande grupo conhecido por Ciências Sociais. A popularidade mundial de autores contemporâneos como Lévy-Strauss, Barthes, Duverger, Morin, Bourdieu, Touraine, Giddens, mostra que existe interesse do público, mas um público heterogêneo, que nem sempre está interessado em academismo puro, e que deseja apreciar as Ciências Sociais gerando abordagens interessantes e inovadoras, em contato com os grandes temas contemporâneos. Um público que poderá estar interessado em cursos de curta duração, com uma chancela acadêmica de qualidade, mas apenas para melhorar seus conhecimentos numa certa área.

Durante anos, sociólogos e antropólogos tiveram um mercado de trabalho restrito a órgãos ou repartições do governo, ou a empresas de estudos demográficos e sociais, ou à docência e pesquisa em universidades. Porém, na atualidade, tanto grandes empresas de consultoria, como empresas de Marketing e Publicidade e até multinacionais de todos os setores, vêm incluindo cada vez mais sociólogos ou antropólogos em seus quadros técnicos, assim como especialistas em Psicologia Social ou em Psicologia das Organizações. A ESPM concebeu que poderia interessar ao público um curso de antropologia de curta duração, utilizando a lógica do mercado: o valor que o cliente atribui ao produto. Justamente, a inovação dentro das empresas busca encontrar modalidades de oferta às quais o público-alvo atribua valor, face ao que ele está disposto a pagar.

Em suma, diálogos entre áreas diferentes do conhecimento podem criar novas disciplinas ou novas áreas interdisciplinares; e até cursos. Além de valor agregado intelectual, acadêmico e, também, econômico. Afinal, para pensar precisa alimentar-se, ou não?

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