Não é tendência, é realidade. E o apagão desses trabalhadores do conhecimento já está freando o desenvolvimento do país. Com efeito, as necessidades do Brasil em técnicos e especialistas avançados da área de TI somam-se hoje ao déficit que vem sendo identificado, desde há cerca de três anos, respeitante a engenheiros civis e à maior parte das engenharias e carreiras tecnológicas.
Segundo artigo publicado recentemente no Estadão, 90.000 vagas para técnicos de TI devem deixar de ser preenchidas já durante 2011 no mercado de trabalho em todo o Brasil, e o déficit pode chegar a 200.000 em 2013. Os dados foram divulgados pela Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologias da Comunicação e Informação). Uma pesquisa realizada já em 2008 por essa instituição mostrava a Região Sul em terceiro lugar nacional, na demanda por educação e recursos humanos na área de TI.
Mesmo considerando as universidades federais e estaduais com as do setor privado e comunitário, esses números ultrapassam largamente as previsões de egressos em TI no memso período. Ainda que tendente ao aumento dos salários, essa situação cria distorções no mercado de trabalho, como afirma Anderson Figueiredo, gerente da consultoria IDC: "As contratações estão cada vez mais complicadas e isso abre perspectivas para que pessoas entrem mais cedo nessa área, ainda sem muita experiência profissional".
Outra situação interessante revelada pelo artigo é a expansão do mercado de software de Gestão, como é o caso da BI (Business Intelligence), o que obriga programadores e analistas a aprofundar temas e técnicas do mundo da Administração. E não só: a proficiência em língua inglesa, por exemplo, está tornando-se rapidamente uma exigência, também nesse mercado de trabalho.
Por outro lado, novas carreiras estão emergindo dentro das próprias TI: "O grande problema é que o perfil do profissional exigido está mudando rapidamente, assim como as inovações tecnológicas têm surgido com maior velocidade". Uma pesquisa realizada recentemente pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Inovação da Unisul, revelou um número importante de novas carreiras e profissões híbridas, derivadas da interdisciplinaridade entre as TI e outros domínios técnicos e científicos.
Porém, o valor do indivíduo está sempre acima do valor do diploma. Como em todas as carreiras, vale sempre mais o que a pessoa consegue fazer com o curso, do que o curso com a pessoa: são os profissionais mais completos, ou mais antenados, interessados e esforçados, ou os que trilharam novos caminhos dentro da profissão, que conseguem subir a escada do sucesso e obter os mais interessantes postos de trabalho.
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